O suor escorria pela testa. Já havia algum tempo que Rebeka vinha resistindo contra o cansaço. Lutar com aqueles dois homens não estava sendo fácil. Fora pega em uma armadilha, uma ação ardilosa. Foi um vacilo, e ela sabia muito bem disso, mas era tarde. Agora tinha que resolver tudo sozinha.
Rebeka tenta de todas as maneiras quebrar a defesa dos dois, mas eles são ágeis, exímios lutadores. Só tinha uma maneira de vencer, ir com tudo que tinha.
Ela se concentra por um momento. Encontra dificuldade, a dor e o cansaço do combate não a deixa ter foco. Mas teria que tentar, era a única salvação. Uma energia mística começa a nascer de dentro de Rebeka, dominando-a por inteiro. Seus olhos se irradiam. De suas costas nasce um par de asas com penas brancas. Era como se elevasse naquele momento. Mas algo deu errado, o resultado não fora alcançado. Rebeka sente seu corpo ser rasgado, de dentro para fora. Uma dor intolerável toma conta dela, e ela perde os sentidos.
Ao abrir os olhos, vê diante de si uma grande criatura demoníaca. Tenta fugir, mas é atraída por uma força maior que ela. A criatura penetra em sua mente. Rebeka não tenta resistir, deixa-se invadir por aquela força sobrenatural.
- Bem vinda minha pequena. A criatura sussurra em sua mente, mas Rebeka sente como que sendo violentada por aquela voz. – Finalmente você será nossa. É a melhor coisa a fazer. Nossas hostes estão se fortalecendo, o fim é certo. E o nosso lado será o vitorioso.
Ao terminar de falar, o demônio adentra mais na mente de Rebeka, transporta-a para um futuro próximo. E ela percebe isso, pois a cidade de Londres onde mora está totalmente destruída. O caos tomara conta de tudo e de todos. Anjos Celestiais empunhando espadas flamejantes lutam corpo-a-corpo com horrendos demônios sobre um mar de sangue e corpos. O fim que temera tinha chegado. E o que mais a assustava, estava lutando ao lado deles. Sim! Estava lado-a-lado daqueles que antes mais detestava, os Adoradores. Era membro das hostes infernais. Tinha se tornado uma escrava do inferno, um Diavolo.
Rebeka acorda assustada. Tinha mais uma vez tido aquele pesadelo. O mesmo.
Ela olha ao redor pelo quarto. Sente-se um pouco melhor, o susto diminuía. Estava em casa, “era só um sonho”, pensa.
- Rebeka, está na hora de ir para a escola. Uma voz feminina ressoa atrás da porta.
- Já vou mamãe. Ela responde, levantando e se arrumando.
Rebeka na mesa do café da manhã já não se lembrava mais do pesadelo, já estava entretida com outros pensamentos de sua própria idade. Ela tinha apenas 13 anos.
Rebeka foi escrito por Flauberth Carvalho
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